(releitura
de poema homônimo de Mario de Andrade...)
Aos bebes prematuros do mundo inteiro, por todos os tempos…
Abancado à minha escrivaninha em Campos dos
Goytacazes,
No meu apartamento próximo ao centro,
No meu apartamento próximo ao centro,
De supetão senti um friúme por dentro.
Fiquei trêmulo, muito comovido,
Com o computador palerma olhando pra mim.
Fiquei trêmulo, muito comovido,
Com o computador palerma olhando pra mim.
Não vê que me lembrei
Que lá na Unidade Neonatal, meu Deus,
Não tão longe daqui,
Não tão longe daqui,
Na solidão da sua prematuridade,
Um menino pequenino e magro,
Quase sem cabelo cobrindo-lhe os olhos,
Depois de mamar no peito de sua mãezinha,
Faz pouco se deitou na incubadora, e está
dormindo...
E esse prematuro é brasileiro que nem eu.
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